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Dia Internacional do Café: Pesquisas e tecnologias do Consórcio Pesquisa Café contribuem para valorização do produto no Brasil e no mundo

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fruto_site_pqnUm dos produtos de maior importância para economia do país, o café brasileiro tem aumentado sua participação no cenário internacional nos últimos anos. Dados da Organização Internacional do Café (OIC), mostram que na safra de 2011 o Brasil respondeu por 32% das exportações de café em grão no mundo. No dia 14 de abril, é comemorado o Dia Internacional do Café e, nesse contexto, o desenvolvimento e a inovação da pesquisa cafeeira conquistados com a contribuição do Consórcio Pesquisa Café, que executa o maior programa de pesquisa em café do mundo, têm sido diferenciais para o produto brasileiro lá fora.

A produção de café no Brasil, tanto arábica quanto conilon, vem traçando um caminho de sucesso e hoje se percebe que atributos como qualidade e produtividade são objetivos intrínsecos a qualquer pesquisa na área. Além do crescimento da exportação, a demanda por um produto de qualidade, produzido dentro de padrões ambientalmente e socialmente corretos, vem crescendo no exterior e o café brasileiro está respondendo positivamente nesse sentido.

Pesquisa e tecnologias do Consórcio foram fundamentais e continuam estimulando a produção cafeeira em todas as etapas da cadeia produtiva. Segundo o pesquisador do Instituto Agronômico (IAC), de Campinas, Sérgio Parreiras Pereira, um dos pontos que vem ganhando destaque no mercado internacional é a certificação do café, exigência crescente dos importadores. “O consumidor está dando cada vez mais importância à qualidade e à adequação ambiental e social do café. O Brasil, como maior produtor de grãos, e atento à sustentabilidade, é o país que vai ter melhores condições de atender à essa demanda”, diz.

Atuando na área de boas práticas agrícolas, o pesquisador que já integrou projetos do Consórcio e hoje desenvolve sua tese na Universidade Federal de Lavras (Ufla), adianta que o desafio do país para atender às novas exigências do mercado externo é capacitar o produtor, que, segundo ele, já despertou para a importância da certificação. “Alguns produtores com recursos já buscaram a certificação, que têm como tripé uma produção economicamente viável, socialmente justa e ambientalmente correta, adaptação que envolve algum custo. Agora, temos que levar essa certificação para os pequenos agricultores, trazendo cada vez mais produtores para esse cenário atual e assim tendo como atender à demanda internacional”, explica.

Outra pesquisa que apresenta bons resultados na cafeicultura brasileira é do “Estresse Hídrico Assistido”, desenvolvida pela Embrapa Cerrados e Consórcio Pesquisa Café, que consiste na uniformização da florada e na maturação do cafeeiro, após submetê-lo à suspensão da irrigação (estresse hídrico), por até 72 dias. A tecnologia vem sendo implementada com sucesso na região do Cerrado e busca aumentar a qualidade e a produtividade do café. “Já tínhamos o conhecimento de que a floração uniforme melhora a qualidade do café, o que a pesquisa fez foi definir uma tecnologia que pudesse ser adotada pelo produtor”, explica o pesquisador responsável pelo projeto, Antonio Guerra, da Embrapa Cerrados.

A tecnologia do Estresse Hídrico vem sendo testada em outras regiões cafeeiras do país e, segundo Guerra, “não resta dúvida que todos os países que adotem a agricultura irrigada poderão trabalhar com essa tecnologia no futuro”, reforçando a contribuição do projeto brasileiro para os produtores internacionais. “Ainda mais quando sabemos que a qualidade do café representa, cada vez mais, valor agregado e, consequentemente, melhor preço”. A pesquisa foi indicada pela Associação Brasileira de Irrigação e Drenagem (Abid), Comitê Brasileiro da International Commission on Irrigation and Drainage (ICID), para concorrer ao prêmio da instituição para iniciativas de economia de água e com impacto ambiental positivo, que acontecerá em junho, na Austrália.

O analista da Gerência de Transferência de Tecnologia da Embrapa Café, Jamilsen Santos, analisou a relação da produção cafeeira brasileira e o mercado internacional no Pôster “Conjuntura e perspectivas da economia cafeeira – uma breve análise”, apresentado no último Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil, em agosto passado. Segundo o economista, o principal fator que mantém o café brasileiro competitivo é o aprimoramento das técnicas de produção e beneficiamento. “Para que esta tendência positiva seja sustentada no longo prazo, é necessário fortalecer o apoio às instituições de pesquisa e extensão do agronegócio café”, conclui. “Esta ação gera diminuição dos impactos ambientais, redução de custos, aumento da produtividade e estímulo da economia brasileira como um todo, devido ao efeito multiplicador da cadeia produtiva do café. Além disso, as melhorias de condições no cultivo geram benefícios sociais potencializados, pois a grande maioria dos produtores de café são agricultores familiares e pequenos proprietários. Benefícios que reforçam a importância da economia cafeeira para todo o Brasil”.

 

Embrapa Café
Cristiane Vasconcelos (Mtb 1639/CE)
Telefone: (61) 3448-4566
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