Entre os muitos desafios que a cafeicultura paranaense tem pela frente está o combate ao nematoide, parasita que afeta toda região cafeeira do estado. Para controlá-lo, o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), instituição participante do Consórcio Pesquisa Café, lança a IPR 100, a primeira cultivar de café arábica resistente ao nematoide M. paranaensis sem a necessidade de enxertia. As pesquisas que resultaram na nova cultivar contou com recursos do Consórcio, cujo programa de pesquisa é coordenado pela Embrapa Café, para a fase de testes e avaliações finais.
Desenvolvido a partir do melhoramento genético tradicional, a nova variedade faz parte dos esforços da instituição em buscar alternativas de controle do parasita sem a necessidade de aplicação de agroquímicos, que encarecem o custo para o agricultor e ainda podem contaminar o solo e até o lençol freático porque os nematoides vivem nas raízes das plantas. Em outro estudo realizado em laboratórios do Iapar, uma equipe de pesquisadores reduziu em 88% a reprodução do nematoide utilizando fungos micorrízios e nematófogos, outra iniciativa inédita.
Segundo o pesquisador do Iapar, Tumoro Sera, o fato da IPR 100 ser resistente não quer dizer que ela seja totalmente imune ao parasita, por isso todo cuidado é pouco. É preciso ficar atento para não introduzir novos nematóides na propriedade por mudas de plantas, veículos/ferramentas e água/solos infestados, pois isso anula a resistência das cultivares. Ele ainda alerta que existem mais de sete nematóides que parasitam o café no Brasil e outros no exterior. O local da propriedade que, para Sera, precisa de atenção é o pátio de carregamento do viveiro, por onde geralmente chega a doença.
O pesquisador diz que a IPR 100 é indicada preferentemente para regiões quentes com temperatura média anual acima de 21,5°C graus, principalmente o noroeste, onde a presença do nematóide é mais frequente. Nas regiões cafeeiras mais frias, a nova cultivar é indicada, com restrições, para áreas menos sujeitas às geadas de início de inverno, explica. Ainda segundo o pesquisador, a variedade pertence ao grupo de maturação supertardia. Ela permite redução de custos e os riscos com a chuva com a colheita escalonada entre abril e junho, nas regiões mais quentes, e entre junho e agosto, nas regiões mais frias, salienta.
Alerta Geada – O serviço Alerta Geada do Iapar, tecnologia que contou com apoio do Consórcio Pesquisa café, realizado em parceria com o Instituto Simepar, passará a ser enviado aos usuários também por meio de torpedo (SMS) no celular. Atualmente, cafeicultores, técnicos, viveiristas e comerciantes de café são comunicados por meio de notícias veiculadas na imprensa, site, e-mail, redes sociais e mensagem de telefone (43 3391-4500).
Para receber o Alerta, que será enviado sem custo para o usuário, o interessado precisará se cadastrar novamente no site do Iapar, no endereço Receba o Alerta. O Alerta Geada é emitido pelo instituto apenas em caso de risco de ocorrência do fenômeno capaz de provocar danos severos nas lavouras de café, sobretudo aquelas em que há necessidade do enterrio de mudas e cobertura de viveiros.
Conforme o coordenador da área de Agrometeorologia, Paulo Henrique Caramori, “o serviço de mensagem via torpedo no celular é direto, muito rápido e agiliza uma tomada de decisão por parte do cafeicultor em relação às medidas de proteção do cafeeiro”, explica.
Iapar - Assessoria de Imprensa
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