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Cafeicultura de Montanha de Minas Gerais é tema de simpósio

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Evento conta com participação de instituições do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café

As tecnologias desenvolvidas pelo Consórcio Pesquisa Café, cujo programa de pesquisa é coordenado pela Embrapa Café, estarão em destaque durante o 17º Simpósio sobre Cafeicultura de Montanha, que será realizado de 20 a 22 deste mês, no Parque de Exposições de Manhuaçu-MG. Considerado um dos mais importantes da Zona da Mata, o simpósio pretende reunir cerca de dois mil produtores de café e as principais lideranças do setor para debater ações que garantam produtividade e mercado para a cafeicultura na região de montanha. O evento é uma realização da Associação Comercial, Industrial e Agronegócios de Manhuaçu (ACIAM) para difundir conhecimento e promover troca de experiências no setor cafeeiro.

Minicursos - Nesta edição, os pesquisadores das instituições participantes do Consórcio vão apresentar minicursos. As inscrições podem ser efetuadas nos dias do evento, no estande da ACIAM. O pesquisador da Embrapa Café na Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais – Epamig Sammy Fernandes Soares vai apresentar o tema “Reutilização e aproveitamento da água residuária do café”. O também pesquisador da Embrapa Café na Epamig Williams Ferreira vai tratar sobre “Clima e cafeicultura”.

Os pesquisadores da Epamig Sérgio Mauricio Lopes Donzeles e Marcelo de Freitas Ribeiro vão ministrar palestras sobre “Uso e tipos de secadores mecânicos para obtenção de café de qualidade” e “Boas práticas agrícolas para café de montanha”, respectivamente. O superintendente do Centro de Excelência do Café das Matas de Minas da Universidade Federal de Viçosa – UFV, José Luiz Rufino, vai abordar a “Dimensão e importância da cafeicultura das matas de Minas”. Da Universidade de Lavras – Ufla, o professor do Departamento de Engenharia Agrícola Fábio Moreira da Silva vai tratar do tema “Mecanização da cafeicultura de montanha”.

Da Emater-MG, os extensionistas Élder Machado Dutra, Thiago Braga Oliveira, João Eudes de Rezende, Maria da Carmo Cunha Fontes e Maria da Consolação Rosado Martins vão falar sobre “Tecnologias para pulverização de café”, “Nutrição do cafeeiro – macro e micronutrientes”, “Colheita e preparo do café visando à preservação da qualidade” e “Processamento artesanal do café – seleção, processo e tipos de torra, moagem e preparo” e “Monitoramento para controle de bicho mineiro e broca”, nessa ordem. Também da Emater-MG, os coordenadores técnicos Paulo Roberto Vieira Corrêa e Rogério Jacinto tratam dos temas “Custo de produção de café” e “Renovação de pastagens com utilização do sistema integração lavoura, pecuária-floresta”.

Palestras - O evento também terá palestra do diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria de Café, Nathan Herszkowicz, sobre “Mercado de café, as mudanças no consumo interno de café – inovação e agregação de valor. As palestras também vão trazer para reflexão temas como “Administração de propriedades cafeeiras” e “Consciência solidária: parcerias para o sucesso – participação das pessoas nas ações para alavancar cooperativas, desenvolvimento regional sustentável”.

Valorização do café das matas de Minas  - Com foco no mercado, na comercialização e na valorização do café, as atividades desta edição do Simpósio sobre Cafeicultura de Montanha vão discutir medidas que possam contribuir para a exportação do café das matas de Minas. A intenção dos organizadores é tornar o simpósio internacional, com a presença de torrefadoras, produtores e pesquisadores de outras partes do mundo. A programação completa está no site www.simposiodecafeicultura.com.br.

Segundo a Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA, as lavouras de café em áreas com declividade acima de 25%, a chamada cafeicultura de montanha (assim denominada por sua característica de relevo muito acidentado e semelhanças tecnológicas na condução da lavoura), ocupam boa parte do estado de Minas Gerais, respondendo por cerca de 70% da cafeicultura mineira. O Sul de Minas responde por metade dessa produção, com 155 municípios e mais de 67 mil produtores; e as Matas de Minas, em conjunto com a Chapada de Minas, representam os demais 30%, contando com mais de 100 municípios, 230 mil hectares e mais de 100 mil famílias envolvidas na produção. Mesmo sendo dominante no Estado e tendo boa produtividade e qualidade, a cafeicultura de montanha mineira vem perdendo competitividade. Pesquisas desenvolvidas no âmbito do Consórcio Pesquisa Café podem contribuir para tornar viável a cafeicultura da região.

Consórcio Pesquisa Café - Congrega instituições de pesquisa, ensino e extensão localizadas nas principais regiões produtoras do País. Seu modelo de gestão incentiva a interação das instituições e a otimização de recursos humanos, físicos, financeiros e materiais. Foi criado por dez instituições: Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola - EBDA, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais - Epamig, Instituto Agronômico - IAC, Instituto Agronômico do Paraná - Iapar, Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural - Incaper, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Mapa, Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro - Pesagro-Rio, Universidade Federal de Lavras - Ufla e Universidade Federal de Viçosa - UFV.


Gerência de Transferência de Tecnologia da Embrapa Café

Texto: Flávia Bessa – MTb 4469/DF
Fone: (61) 3448-1927
Site: www.embrapa.br/cafe
www.consorciopesquisacafe.com.br