Essas análises estão disponíveis no Portal do Consórcio Pesquisa Café nos relatórios de janeiro de 2016 da Organização Internacional do Café – OIC e do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil – CeCafé
A Organização Internacional do Café – OIC é o principal organismo intergovernamental a serviço do café, congregando governos, exportadores e importadores para, mediante cooperação internacional, enfrentar os desafios com que o café se depara no mundo todo. A Organização tem por missão fortalecer o setor cafeeiro global e promover sua expansão sustentável num ambiente de mercado, dando melhores condições a todos os participantes do setor. Seus países-membros representam cerca de 97% da produção mundial de café e mais de 80% do consumo mundial.
A OIC divulga mensalmente relatório sobre o mercado de café em nível mundial e, em relação especificamente ao Brasil, no Relatório sobre o mercado de café de janeiro de 2016, destaca que a Companhia Nacional de Abastecimento – Conab publicou, na sua primeira previsão da safra do País para 2016/17, a qual começa oficialmente no mês de abril, que a produção poderá se recuperar com vigor em relação à safra anterior, passando de 43,2 milhões de sacas em 2015/16 para um volume estimado de 49,1 a 51,9 milhões de sacas em 2016/17.
A Organização enfatiza que, caso se confirme o limite superior do volume apurado pela Conab nessa faixa, isso representaria uma safra recorde para o Brasil acima dos 50,8 milhões de sacas de café que foram produzidas em 2012/13. Segundo os dados da Conab, retratados nesse Relatório da OIC, calcula-se que, no caso da produção de café arábica, serão colhidas entre 37,74 e 39,87 milhões de sacas, o que implicará aumento de 17,8% a 24,4%, devido principalmente às condições meteorológicas favoráveis e também em virtude de a safra de 2016/17 ser de um ano de bienalidade alta no ciclo produtivo do café no Brasil. E, em relação ao café robusta, a produção da safra 2016/2017 aumentaria mais modestamente, com uma safra estimada entre 11,38 a 12,07 milhões de sacas, o que corresponderia a um crescimento percentual de 1,8 % a 8% em relação à safra anterior, mas mesmo assim ainda seria menor que a de 2012/2013.
O Relatório da OIC, no âmbito geral, apresenta ainda o indicador diário de preços compostos de janeiro de 2014 a janeiro de 2016, além das exportações totais por tipo de café, indicações de preços futuros, produção e exportação de países produtores, estoques certificados, consumo mundial, entre vários outros dados e informações relevantes da cafeicultura em nível mundial postados no Observatório do Café.
O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil – CeCafé, que tem como missão defender os interesses do comércio exportador de café perante o poder público e os organismos nacionais e internacionais visando promover e aprimorar o desenvolvimento do setor de exportação de café do Brasil, também faz parte do Conselho Deliberativo da Política do Café – CDPC, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa, como representante da iniciativa privada juntamente com Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA, Conselho Nacional do Café – CNC, Associação Brasileira da Indústria de Café – ABIC, Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel – ABICS.
O CeCafé, à semelhança da OIC, divulga mensalmente o seu Relatório contendo análises e dados sobre as Exportações Brasileiras de Café. Na edição de janeiro de 2016, destaca o volume, receita cambial e preço médio das exportações brasileiras nos últimos 12 meses e ainda sua evolução nos últimos 5 anos, os principais mercados consumidores e países de destinos, as exportações de cafés diferenciados pelo Brasil, e os principais portos de embarque dos cafés enviados ao exterior.
Citado Relatório mensal (Janeiro de 2016) aponta que as exportações brasileiras de café nesse mês de janeiro foram de 2,7 milhões de sacas, número menor ao computado no mesmo período do ano anterior. Para o presidente do Cecafé, Nelson Carvalhaes, mencionado no Relatório, esse resultado já era esperado, tendo em vista as condições climáticas desfavoráveis que interferiram na produção, as quais afetaram diretamente as exportações no segundo semestre do ano-cafeeiro 2015/2016. Contudo, espera-se que, a partir do início do próximo ano-safra (julho/2016), a tendência seja de retomada intensa das exportações. "Temos estoques baixos no Brasil, pois tudo que é produzido é vendido. A demanda é crescente e, ao longo da próxima década, o País precisará produzir cerca de 12 milhões de sacas a mais, pois sabemos que além do consumo estar com uma curva ascendente, nossa fatia de participação também dá sinais de crescimento, com a média anual de 2,4% do consumo global a mais só nos últimos quatro anos", acrescenta Carvalhaes no seu Relatório.
Outro setor que chama a atenção é o de cafés diferenciados, que, segundo o relatório, já constituem 18,4% de todo o produto exportado pelo Brasil. Só em janeiro foram 497.700 sacas, sendo o carro-chefe o arábica, com 494.205 sacas. O robusta ficou em 3.495 sacas. O ágio dos cafés diferenciados ficou em 37,0% no período.
Em relação aos portos de embarque, o de Santos permanece concentrando as exportações, com mais de 2,34 milhões de sacas passando por ali, equivalentes a 86,5% de todo o café exportado - 6,3% a mais de participação em relação ao mês anterior.
Para saber mais sobre o Observatório do Café, o Consórcio Pesquisa Café, a Embrapa Café, a Organização Internacional do Café - OIC, o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil – CeCafé, acesse:
http://www.consorciopesquisacafe.com.br/index.php/consorcio/separador2/observatorio-do-cafe
http://www.consorciopesquisacafe.com.br/
http://www.agricultura.gov.br/
Relatório sobre o mercado de café - OIC: http://goo.gl/FcSNn8
Relatório mensal (Janeiro de 2016) – CeCafé: