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Bloco de países da Ásia-Pacífico consome 34% das bebidas quentes em nível mundial

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bereau_6_6Bebidas quentes, que incluem café torrado, torrado e moído e solúvel e chás, têm também apresentado crescimento no consumo na América Latina, Oriente Médio e África

Números e análises do cenário atual do consumo de café em nível mundial apontam que 34% das vendas de bebidas quentes, que são compostas basicamente por café torrado, torrado e moído e solúvel, chás e demais bebidas aquecidas apreciadas no mundo, ocorrem predominantemente no bloco de países da Ásia-Pacífico. Outro dado interessante é que estimativas do crescimento do consumo de bebidas feitas com misturas instantâneas à base de café demonstram que elas deverão ultrapassar a demanda do café solúvel até 2021.

Com relação ainda a bebidas quentes, os números do cenário mundial atual indicam que o mercado consumidor tem apresentado crescimento, além das regiões citadas (Ásia-Pacífico), também na América Latina, Oriente Médio e África. Outro segmento que tem apresentado expansão no consumo é o de café em cápsulas, com um crescimento médio de 7% ao ano em termos globais. Em contrapartida, na Europa Ocidental, o consumo de bebidas quentes tem registrado, percentualmente, declínio, pois em 2011 correspondiam a 26% do consumo global e, em 2016, caiu para 21%.

Esses dados e análises do consumo mundial de café e demais bebidas quentes, entre outros destaques pertinentes a produção, indústria, cafeterias e insights, constam do Relatório Internacional de Tendências do Café (VOL.6/Nº06/ 31 JULHO 2017), do Bureau de Inteligência Competitiva do Café, da Universidade Federal de Lavras – UFLA, cuja edição na íntegra está disponível no Observatório do Café, do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café, assim como as demais edições anteriores, que valem a pena serem conferidas.

De outro lado, em julho de 2016, o Bureau indicou que estaria havendo aumento no consumo de cafés gelados, aumento que sinalizava uma tendência com potencial para consolidação e impacto duradouro no mercado desse tipo de bebida à base de café, pois pequenas e grandes empresas do setor já apostavam na oferta dessas bebidas, que estavam se tornando cada vez mais populares, principalmente entre os jovens. Recentemente, de acordo com o Relatório de julho de 2017, a indústria de cápsulas também passou a explorar as oportunidades existentes no mercado de cafés gelados, tanto que uma grande empresa do setor, que atua em nível mundial, lançou duas edições limitadas de cápsulas especialmente desenvolvidas para serem consumidas geladas, cujos grãos são provenientes do Quênia, Colômbia, Costa Rica e Brasil.

Em relação especificamente à produção no Brasil, o Bureau de Inteligência Competitiva do Café analisou o período da produção de 2008-2017 de Coffea canephora, tendo como fonte os dados da Companhia Nacional de Abastecimento – Conab dos três estados que são os maiores produtores desse grão no país: Espírito Santo, Rondônia e Bahia.

O estudo apontou que o Espírito Santo, maior produtor nacional de C. canephora, apresentava uma trajetória de aumento na produção até 2014, quando problemas com  estiagem ocorreram no Estado. Com isso, o ano de 2016 teve a menor produção no período analisado, com 32% menos que 2008. No entanto, o segundo levantamento da Conab para 2017 mostra uma recuperação com estimativa de colheita 16,9% superior ao ano anterior. O incremento, de acordo com a Conab, se deve à ocorrência de chuvas no período de dezembro de 2016 a fevereiro de 2017, além da adoção de novas tecnologias pelos cafeicultores. A produtividade estimada é de 25,01 sacas/hectare, número 29,1% maior que 2016. Mesmo assim, o volume colhido ainda será inferior a 2008.

Com relação a Rondônia, a estimativa de produção para 2017 é menor que a de 2008, em decorrência de a área cultivada ter diminuído, a despeito de haver expressivo ganho de produtividade. Com isso, a estimativa de produtividade para o ano corrente será a mais alta obtida no estado, com elevação de 14,9%, se comparada com 2016, chegando a 21 sacas por hectare.

Na Bahia, a estimativa aponta um grande aumento na produção em decorrência de um bom volume de chuvas ocorrido no período de agosto de 2016 a abril de 2017, o que permitiu que as plantas se recuperassem da estiagem de 2015. A produtividade foi estimada em 40,4 sacas por hectare para 2017, o que representa uma elevação de 124,3% em relação ao ano anterior. Assim, a produção total foi estimada em 1,8 milhão de sacas, 122,5% maior que em 2016. Dentro da série histórica, ela representa um aumento de 219% em relação à safra de 2008. Com base nesses dados, de acordo com as estatísticas da Conab, a produção brasileira de canéfora em 2017 será de 10,1 milhões de sacas de 60kg.

Relatório Internacional de Tendências Competitiva do Café – Disponível no Observatório do Café faz parte do plano de ação do projeto "Criação e Difusão de Inteligência Competitiva para Cafeicultura Brasileira", do Consórcio Pesquisa Café. O projeto é financiado pelo Fundo de Defesa da Economia Cafeeira – Funcafé, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa, e tem o objetivo de monitorar, analisar e difundir informações e indicadores relevantes para a competitividade da cafeicultura brasileira, bem como propor soluções estratégicas para os problemas enfrentados pelo setor.

Para ler na íntegra o Relatório Internacional de Tendências do Café do mês de julho de 2017, acesse:

http://bit.ly/2usDbgB

Confira todas as análises e notícias divulgadas pelo Observatório do Café no link abaixo

http://www.consorciopesquisacafe.com.br/index.php/imprensa/noticias

Acesse Publicações sobre café e portfólio de tecnologias do Consórcio Pesquisa Café

http://www.consorciopesquisacafe.com.br/index.php/publicacoes/637

Texto: Lucas Tadeu Ferreira - MTb 3032/DF