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Portfólio de Tecnologias do Consórcio Pesquisa Café

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Ao longo de seus 14 anos de existência, o Consórcio Pesquisa Café se consolidou como espaço de geração de tecnologias, conhecimento e de transferência de tecnologia. O sucesso da experiência do Consórcio é demonstrado pelos relevantes resultados alcançados em todas as etapas da cadeia produtiva do café graças a centenas de ações de pesquisa e transferência de tecnologia já validados. As pesquisas estão concentradas nas áreas de melhoramento genético, biotecnologia, segurança alimentar, otimização do sistema produtivo, manejo integrado de pragas e doenças, cafeicultura irrigada, zoneamento climático, colheita e pós-colheita, aperfeiçoamento de processos e desenvolvimento de equipamentos. A seguir, veja quais são as principais tecnologias desenvolvidas pelo consórcio e os resultados positivos que a ciência vem gerando no campo e no sabor do café:

1.    Cultivares

As cultivares são plantas obtidas por melhoramento genético que apresentam um conjunto de características definidas que as distinguem de outros indivíduos da mesma espécie. O Consórcio Pesquisa Café já desenvolveu 31 variedades de cultivares de alta produtividade e resistência às principais pragas e doenças do cafeeiro.

2.    Biofábricas

A técnica, também conhecida por clonagem, multiplica in vitro café arábica de características favoráveis. Essa produção pode ser feita em larga escala e em um terço do tempo convencional de desenvolvimento de cultivares. A produção rápida e em larga escala de mudas clonadas de alto valor agregado confere mais competitividade para o café brasileiro no mercado nacional e internacional.

3.    Poda programa do café Conilon

A poda consiste na eliminação das hastes verticais e dos ramos horizontais improdutivos para dar lugar à nova brotação com mais vigor.

Resultados:
•    Aumento da longevidade do cafezal
•    Redução média de 32% de mão-de-obra no período de 10 colheitas
•    Facilidade de execução 
•    Padronização do manejo da poda
•    Maior uniformidade das floradas e da maturação dos frutos
•    Melhoria no manejo de pragas e doenças
•    Aumento superior a 20% na produtividade média da lavoura
•    Maior estabilidade de produção por ciclo e melhor qualidade final do produto.

4.    Sistema para Limpeza de Águas Residuárias

O sistema de limpeza de águas residuárias remove os resíduos sólidos da água proveniente do processamento de frutos. O processo viabiliza a reutilização do líquido, reduzindo o gasto excessivo. Após a remoção dos resíduos sólidos, a água é novamente conduzida para a caixa de abastecimento para reutilização no processamento ou direcionada à fertirrigação da cultura.

•    Economia de até 90% no consumo de água 
•    Utilização de resíduos sólidos na produção de adubos
•    Baixo custo para instalação e manutenção, viabilizando a adoção por produtores familiares
•    Preservação do meio ambiente.

5.    Tecnologias para preparo, secagem e armazenamento de grãos

São alternativas tecnológicas para oferecer, a custos compatíveis, uma infraestrutura mínima para que, independentemente das condições climáticas, o cafeicultor possa produzir café de qualidade superior e com economia de tempo.

Resultados:
•    Máquina simples, de baixo custo e acessível ao produtor familiar
•    Reduz mão-de-obra empregada e permite maior rendimento operacional
•    Diminui o esforço físico e insalubridade no momento de separação das impurezas.

6.    Alerta Geadas

Desde 1995, quando há previsão de geada, um alerta é disparado pelo Instituto Agronômico do Paraná - Iapar para os produtores cadastrados no projeto. Com a previsão da geada os produtores são orientados a fazer o chamado “enterrio” da planta, que devem ficar cobertas por, no máximo, 20 dias, protegidas contra as geadas de moderadas a fortes.

Resultado:
•    Prevenção de gastos e desperdício
•    Em um único ano, evitou prejuízo de R$ 21 milhões nas lavouras protegidas.

7.    Sequenciamento do genoma café

Essa tecnologia desenvolveu o sequenciamento do genoma café, que resultou na construção de um banco de dados com mais de 200 mil seqüências de DNA e identificou mais de 30 mil genes responsáveis pelos diversos mecanismos fisiológicos de crescimento e desenvolvimento do cafeeiro. Atualmente busca-se identificar marcadores moleculares e promotores gênicos para dar continuidade ao melhoramento genéticos do cafeeiro.

8.    Sistema de produção de café irrigado

A tecnologia de stress hídrico submete as plantas à suspensão da irrigação por um período determinado, visando à uniformização do florescimento e conseqüentemente induz a uniformidade de maturação. A técnica afeta diretamente a qualidade do fruto, permitindo uma bebida ainda mais saborosa.

Resultados:
•    Redução de 50% na quantidade de grãos mal formados
•    Redução de 40% na operação de máquinas
•    Redução de 40% da água e da energia usada na irrigação
•    Obtenção de 85% de grãos cerejas no momento da colheita
•    Maximiza produção de cafés especiais.

9.    Adubação fosfatada

Em geral essa tecnologia é usada em conjunto com a irrigação, mostrando sinergia. O resultado é o aumento de produtividade.

10.    Geotecnologias na cafeicultura

O uso de geotecnologias, como GPS, sensoriamento remoto e sistemas de informação geográfica, tem auxiliado na caracterização ambiental, facilitando a simulação de prognósticos e o conhecimento de situações e atividades.

Resultados:
•    Subsidia o planejamento da ocupação e utilização do ambiente no tempo e espaço, visando a sua competitividade e sustentabilidade
•    Facilita a caracterização dos agroecossistemas cafeeiros
•    Fornece base eficiente para a análise integrada das informações e o entendimento das relações entre os sistemas de produção e o ambiente
•    Permite identificar fatores que influenciam a qualidade dos cafés, informação imprescindível para a obtenção de Indicações Geográficas.

11.    Programa Treino e visita

O projeto promove ações junto a produtores de café que recebem capacitações sobre as tecnologias que interessam para sua produção. As tecnologias são repassadas de pesquisadores para extensionistas da região, que, por sua vez, repassam o conhecimento para um grupo de agrônomos, encarregado de transmiti-las para os produtores. Essa rede integrada capilariza as tecnologias, fazendo com que elas cheguem ao campo e também permitem que, no caminho inverso, sejam captadas as demandas dos produtores.

Resultado:
•    Transferência de cerca de 5 novas tecnologias por ano, resultando num total de 70 tecnologias transferidas ao longo de 14 anos
•    Atendimento de até 1.500 produtores por ano.