Os relatórios da Organização Internacional do Café – OIC e do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil – CeCafé podem ser conferidos no Observatório do Café, do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café
A Organização Internacional do Café – OIC divulgou a edição de agosto do Relatório sobre o mercado de café em nível mundial. Segundo o documento, o total da produção nos países exportadores, no ano de 2014, foi de 141,7 milhões de sacas de 60 kg de café. E o consumo mundial de café, nesse mesmo ano, foi de 149,2 milhões de sacas. O Relatório aponta ainda que o volume exportado desses mesmos países, no período de outubro de 2014 a julho de 2015, foi de 92,9 milhões de sacas.
Em relação ao Brasil, a OIC destacou que, embora a produção do ano-safra de 2014/15 (abril a março) tenha sido a menor de três anos, com 45,3 milhões de sacas, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento - Conab, as exportações bateram um recorde de 36,9 milhões, e o consumo interno foi de cerca de 21 milhões de sacas. Esse desempenho, segundo a Organização, foi facilitado pelo uso de estoques acumulados nos dois anos-safra anteriores e incentivado pela significativa depreciação do real no câmbio com o dólar.
O documento também destaca a publicação, pela Conab, de cifras sobre os estoques em mãos do setor privado no final do ano-safra de 2014/15 (aos 31 de março de 2015), que mostravam uma redução de 849.000 sacas, tendo caído 5,6% para 14,4 milhões de sacas. Desde então, o volume desses estoques provavelmente continuou a baixar para alimentar as exportações, analisa o relatório.
O Relatório da OIC, além dos aspectos relacionados à produção, exportação e consumo, também analisa diversas variáveis macroeconômicas relacionados ao mercado cafeeiro em nível mundial, como volatilidade dos preços, flutuação das moedas dos países exportadores em relação ao dólar, preços indicativos da OIC e de futuros, diferenciais de preços do café, estoques certificados em bolsas, entre vários outros assuntos relevantes do agronegócio café. E conclui que as tendências macroeconômicas prosseguem golpeando os preços do café e que, embora as exportações tenham diminuído ligeiramente nos seis últimos meses, o mercado mundial por ora continua suficientemente abastecido.
O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil – CeCafé, na edição de agosto do "Resumo das Exportações Brasileiras de Café", aponta que a receita cambial com as exportações de café do Brasil registrou, nos últimos oito meses (janeiro/2015 a agosto/2015), incremento de 1% em relação ao período anterior, fechando em US$ 4,087 bilhões. Foram exportadas, no total, 23.421.955 sacas (verde, torrado & moído e solúvel). As exportações de café arábica verde somaram 17.970.658 sacas; as de robusta verde 3.075.605 sacas; café solúvel 2.356.835 sacas; e, torrado & moído 18.857 sacas.
O Balanço das Exportações do CeCafé também mostra que o mês de agosto apresentou uma receita de US$ 451,686 milhões, valor 22,2% menor que o registrado em 2014. Em termos de volume, o total exportado foi de 2.831.904 sacas, 8,4% mais baixo que no ano passado. De acordo com o diretor-geral do CeCafé, Guilherme Braga, "o volume exportado em agosto deste ano foi muito semelhante ao de julho e ligeiramente menor que o registrado para este mês em 2014. Essa diminuição de cerca de 8% nos embarques de café, por conta da redução na safra, está dentro do esperado e se mantém em linha com a previsão de exportarmos 35 milhões de sacas em 2015".
O relatório aponta ainda que, no acumulado de janeiro a agosto de 2015, a Europa foi o principal mercado importador e responsável pela aquisição de 52% do total de café embarcado pelo Brasil. Já a América do Norte respondeu pela compra de 26% do total de sacas exportadas; a Ásia, por 16%; e a América do Sul por 4%. Observa-se, ainda, aumento de 6% nas exportações para países produtores.
Segundo o balanço do CeCafé, a lista de países importadores no acumulado de 2015 até o mês de agosto segue liderada pelos Estados Unidos, que adquiriram 5.036.811 sacas (22% do total exportado), seguido pela Alemanha, com 4.180.402 (18% do total). A Itália ocupou a terceira colocação, importando 1.826.049 sacas do produto brasileiro (8%). E, em quarto, está o Japão, com 1.546.998 sacas (7% do total). Os embarques de café nesse período foram realizados em grande parte pelo porto de Santos, por onde foram escoados 84,3% do produto exportado (19.752.315 sacas); pelos portos do Rio de Janeiro, que embarcaram 8,2% do total (1.930.911 sacas); e pelo porto de Vitória, de onde saíram 4,4% do total (1.041.004 sacas).
O CeCafé apresenta ainda em seu relatório diversos gráficos e análises sobre exportações mensais de café, evolução do volume e receita cambial das exportações, participação percentual por espécie de café, portos de saída e principais destinos do café brasileiro, receita cambial, entre outros.
Observatório do Café – disponibiliza periodicamente, além do Relatório sobre o mercado de café, da OIC e do Resumo das Exportações Brasileiras de Café, do CeCafé, várias tecnologias, documentos, análises e publicações das entidades integrantes e parceiras do Consórcio Pesquisa Café, tais como: Comunicado Técnico nº 392 – Barcaça SECA CAFÉ, do Relatório Internacional de Tendências do Café, do Bureau de Inteligência Competitiva do Café e do Valor Bruto da Produção – VBP, do Mapa, Revista Coffee Science, Conjuntura Mundial da Cafeicultura; Safras e Estoques; Consumos e Tendências; Estatísticas, Cotações e Análises; Clipping mensal de notícias veiculadas na mídia; Imagens; Vídeos e Áudios; Rede Social do Café; Publicações Técnicas e Relatórios de Atividades; e Sistema Brasileiro de Informação do Café – SBICafé.
Para saber mais sobre a Embrapa Café, o Consórcio Pesquisa Café, a OIC, o CeCafé, e os dois Relatórios acesse:
http://www.consorciopesquisacafe.com.br/
Gerência de Transferência de Tecnologia da Embrapa Café
Texto: Flávia Bessa – MTb 4469/DF, Graziele do Val - MTb 21.806/SP (Assessoria do CeCafé) e Lucas Tadeu Ferreira – MTb 3032/DF
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