São 14 publicações acessíveis no site da Emater-MG e ainda no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café
A cafeicultura é considerada a principal atividade agrícola do Estado de Minas Gerais, o maior produtor de café do Brasil e responsável por mais de 50% da safra nacional de café. No segundo levantamento de safra deste ano da Companhia Nacional de Abastecimento – Conab (Junho/2015), a produção de café de Minas Gerais está estimada em 23,64 milhões de sacas na safra 2015, com intervalo de produção entre 23,03 milhões e 24,26 milhões de sacas. A área em produção totaliza 975.265 hectares - 2% abaixo da safra passada - e a produtividade média do estado está estimada em 24,24 sacas por hectare, 6,5% acima da safra 2014. Em comparação com a safra 2014, o resultado do presente levantamento sinaliza uma tendência de ligeiro crescimento da produção cafeeira de Minas Gerais da ordem de 4,4%, pautada.
Boa parte desses resultados, além do empenho e dedicação dos produtores de café, pode ser atribuído ao esforço de instituições de pesquisa, ensino e extensão participantes do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café. Entre elas destaca-se, na extensão de Minas Gerais, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais – Emater-MG.
As ações da Emater-MG vão além da extensão rural tradicional e planejamento do setor agrícola e incluem ainda divulgação de publicações técnicas com informações e conhecimentos úteis ao produtor. Especificamente para o cultivo do café, a Emater-MG tem a Série Tecnológica Cafeicultura, composta por 14 publicações técnicas, todas elas disponíveis na Livraria Virtual da Emater-MG e no Observatório do Café, na página do Consórcio.
Essas publicações abordam diferentes áreas do conhecimento com temas distintos: Avaliação da fertilidade do solo – Amostragem de solos e Café: análise química do solo; Diagnose visual da nutrição mineral das plantas – Amostragem de folhas, Deficiências nutricionais: macronutrientes e Deficiências nutricionais: micronutrientes; Pragas do cafeeiro – Bicho-mineiro do cafeeiro; Pré-colheita – Pré-colheita do café;Colheita – Colheita do café: cuidados que dão lucro; Pós-colheita do café – Processamento via seca: café natural, Preparo do café: via seca e via úmida, Cereja descascado, Defeitos do Café e Terreiro pavimentado com lama asfáltica; Cafeicultura e o meio ambiente – Boas práticas ambientais na cafeicultura.
Avaliação da fertilidade do solo - A "Amostragem de solos" tema abordado nessa série de publicações da Emater-MG. Nessa edição, explica-se a importância de se coletar corretamente amostras de solo que sejam representativas da área que será ou que está cultivada com café. A representatividade dessas amostras, entre outros cuidados, consiste em levar para o laboratório de química e fertilidade de solos amostra composta de aproximadamente 500 gramas de terra obtida a partir da coleta de várias amostras simples coletadas, aleatoriamente, em áreas (talhões) homogêneos quanto a topografia do terreno, cor e textura do solo, tipo de vegetação (uso atual), para que os resultados das análises representem a fertilidade do solo nesses talhões. Ainda sobre esse tema, há o documento "Café: Análise química do solo", que complementa a publicação anterior sobre os cuidados na coleta de amostras de terra, os tipos de amostras e como devem ser embaladas e encaminhadas para o laboratório para análise.
Diagnose visual da nutrição mineral das plantas – A publicação intitulada "Amostragem de folhas" descreve como coletar amostras de folhas para fins de análise foliar, cujos resultados permitem a diagnose do estado nutricional da planta ao indicar os teores de macro e micronutrientes nela existentes, apontando deficiência ou toxidez e, mesmo, desbalanços nutricionais. A folha do cafeeiro é o órgão responsável pelo metabolismo e também o principal local para onde são transportados, inicialmente, os nutrientes absorvidos pelas raízes. Dessa forma, os resultados da análise foliar na cultura do café podem ser utilizados para orientar sobre a necessidade de reajustes na adubação da cultura para corrigir possíveis deficiências nutricionais.
Os temas "Deficiências nutricionais – Macronutrientes" e as "Deficiências nutricionais – Micronutrientes" mostram, por meio de ilustrações, os sintomas visuais das deficiências dos macronutrientes nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio e enxofre. A mesma atenção é dada aos casos dos sintomas de deficiência dos micronutrientes zinco, boro, cobre, ferro e manganês. Em ambas publicações, é enfatizado que, para o perfeito crescimento e desenvolvimento das plantas de café, o equilíbrio de todos os nutrientes minerais é de extrema importância. Esse equilíbrio é obtido a partir do entendimento dos sintomas oriundos da diagnose foliar visual, comprovados pela análise foliar, e da perfeita amostragem do solo, cujos resultados da análise química dessas amostras, possibilitarão a avaliação do estado nutricional das plantas e fertilidade do solo para programação das correções dos teores de nutrientes nas plantas e no solo por meio de adubações.
Pragas do cafeeiro - O título "Bicho-mineiro do cafeeiro", praga que se alimenta das folhas do cafeeiro cavando uma galeria ou mina, onde se aloja e se desenvolve, reduzindo a área foliar e, consequentemente, a fotossíntese, o que provoca a queda das folhas. A publicação ensina como inspecionar constantemente as lavouras para evitar o ataque à planta, que é maior nos períodos secos do ano e cujo prejuízo imediato é a diminuição da produção.
Pré-colheita - A publicação "Pré-colheita do café" esclarece que essa fase é muito importante no gerenciamento da propriedade cafeeira e consiste em fazer, em função da safra esperada e também da qualidade de café que se quer obter, o levantamento de recursos materiais e financeiros, o dimensionamento e a revisão da infraestrutura e maquinários para o recebimento do café, bem como da mão de obra requerida para a colheita que se aproxima. Por sua vez, a publicação sobre "Colheita do café: cuidados que dão lucro" enfatiza que, para se obter café de qualidade com agregação de valor ao produto, é necessário tomar alguns cuidados antes, durante e após a colheita, e também na secagem, armazenamento e beneficiamento.
Pós-colheita - Sobre pós-colheita há a publicação "Preparo do café: via seca e via úmida", que descreve as vantagens desses dois tipos de processamento, etapas comuns aos dois processos para o preparo de café de qualidade, destacando que somente frutos completamente maduros proporcionam condições necessárias para obtenção desse produto de qualidade, pois apresentam composição química ideal. No entanto, enfatiza que, como os açúcares presentes na polpa tornam esses frutos suscetíveis de fermentação, devem ser processados rapidamente e em condições higiênicas. Outra publicação, denominada "Processamento via seca – Café natural", explica o processo e a terminologia café natural e entende que o produto obtido por via seca afeta menos a integridade do grão, mantendo intactas as suas partes constituintes. É também o menos agressivo ao meio ambiente, por NÃO produzir efluentes líquidos sem a geração de resíduos de elevado teor de matéria orgânica.
Há ainda o tema "Defeitos do café" - atribuídos tanto às imperfeições do próprio grão (defeitos intrínsecos) quanto à presença de impurezas (defeitos extrínsecos) e sua influência na qualidade - que descreve os tipos de imperfeições, as causas, as medidas de prevenção e eliminação e a equivalência de alguns defeitos intrínsecos do grão.
Ainda sobre o assunto pós-colheita, sugere-se a leitura sobre "Cereja descascado", que relata que a retirada da casca reduz em 60% o volume de um lote de café, refletindo diretamente na área de terreiro necessária, na redução do tempo exigido para pré-secagem e no controle mais seguro das fermentações. E alerta que a opção pelo descascamento deve estar norteada por duas metas principais a serem atingidas: assegurar a preservação da qualidade e reduzir custos com o preparo do café.
Finalizando o assunto sobre pós-colheita recomenda-se a leitura da publicação "Terreiro pavimentado com lama asfáltica", que visa à produção de cafés de qualidade e com agregação de valor com enfoque na redução do investimento em construção e/ou reforma de terreiros pavimentados. Inclui instruções sobre escolha do local, dimensionamento do terreiro, compactação do local a ser pavimentado, impermeabilização do terreiro, preparo e aplicação da lama asfáltica, entre outros pontos importantes para secagem do café com garantia de qualidade e agregação de valor ao produto.
Cafeicultura e o meio ambiente - Atualmente, a interação meio ambiente e agricultura tem sido amplamente discutido pela comunidade científica e sociedade, nesse sentido a Emater-MG contribuiu com a publicação "Boas práticas ambientais na cafeicultura", que apresenta alternativas ambientalmente sustentáveis para a atividade cafeeira em relação à qualidade de água na propriedade, à conservação do solo, bem como ao manejo de resíduos sólidos e ao uso correto de agrotóxicos, com vistas ao desenvolvimento sustentável da atividade.
Para saber sobre a parceria do Consórcio Pesquisa Café com a Emater-MG acesse as matérias divulgadas:
Consórcio Pesquisa Café intensifica transferência de tecnologia no estado de Minas Gerais
Observatório do Café – disponibiliza, além dessa Série Tecnológica da Cafeicultura, Relatório sobre o mercado de café, da OIC, Resumo das Exportações Brasileiras de Café, do CeCafé, várias tecnologias, documentos, análises e demais publicações das entidades integrantes e parceiras do Consórcio Pesquisa Café, tais como: Comunicado Técnico nº 392 – Barcaça SECA CAFÉ, do Relatório Internacional de Tendências do Café, do Bureau de Inteligência Competitiva do Café e do Valor Bruto da Produção – VBP, do Mapa, Revista Coffee Science, Conjuntura Mundial da Cafeicultura; Safras e Estoques; Consumos e Tendências; Estatísticas, Cotações e Análises; Clipping mensal de notícias veiculadas na mídia; Imagens; Vídeos e Áudios; Rede Social do Café; Publicações Técnicas e Relatórios de Atividades; e Sistema Brasileiro de Informação do Café – SBICafé.
Para saber mais sobre a Emater-MG, o Consórcio Pesquisa Café, a Embrapa Café, o Observatório do Café e a Série Tecnológica da Cafeicultura, acesse:
http://www.consorciopesquisacafe.com.br/
http://www.consorciopesquisacafe.com.br/index.php/consorcio/separador2/observatorio-do-cafe
http://www.consorciopesquisacafe.com.br/index.php/publicacoes/637
Gerência de Transferência de Tecnologia da Embrapa Café
Texto: Flávia Bessa – MTb 4469/DF e Clarissa Ratton – MTb 9673/DF
Contatos: 61 3448-1927 / Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.